Planejamento, qualificação e opções flexíveis ajudam a garantir uma transição profissional segura
Mudar de carreira pode parecer um desafio assustador, principalmente para quem depende da renda fixa e tem receio de comprometer a estabilidade financeira. No entanto, com planejamento estratégico e qualificação adequada, é possível realizar essa transição de forma segura, garantindo novas oportunidades profissionais sem abrir mão da segurança atual.
Há uma série de motivos para que um profissional deseje mudar de carreira, mas a insatisfação com o trabalho atual, seja por baixos salários ou por não se adaptar às atividades, costuma ser parte significativa para a decisão. O sentimento, aliás, não é raro. Não à toa, os brasileiros têm um índice de 7,2 em felicidade no trabalho, 9% menor que a média global, de 7,8, segundo a plataforma britânica The Happiness Index.
“Sabemos que muitas pessoas sonham em atuar em outra área, mas esbarram no medo de perder a renda ou na dificuldade de conciliar estudos com trabalho. O primeiro passo é buscar se conhecer melhor para escolher uma nova área e planejar cada passo da transição, inclusive a formação adequada, caso não tenha”, explica a diretora-presidente do Centro de Ensino Técnico (Centec), Eliana Cássia de Souza.
A formação é um passo importante para a mudança de carreira, especialmente para quem deseja entrar em uma área na qual não possui experiência. Neste ponto, Eliana diz que é preciso decidir pelo nível que se pretende buscar: auxiliar, técnico ou bacharel (ensino superior).
“Cursos auxiliares oferecem rápida inserção no mercado, os técnicos combinam teoria e prática para formar profissionais especializados, e o ensino superior amplia conhecimentos”, comenta.
Tempo e rotina
Sem dúvidas, o tempo é um dos principais desafios para quem já tem compromissos em outra área profissional ou até dupla jornada com afazeres domésticos diários. Por isso, uma das principais dicas é pesquisar bem uma formação que possa se encaixar na sua rotina, sem prejudicar outros compromissos.
“Boa parte das formações têm opções nos turnos matutino, vespertino e noturno. Em alguns cursos, como acontece no Centec, há também formações híbridas, quando um ou mais dias da semana são de ensino remoto. Isso ajuda a aliviar a carga de uma rotina de estudos”, afirma ela.
Para quem não possui um horário livre definido em alguns turnos do dia, outra opção são os cursos 100% à distância. Nesses casos, o estudante pode fazer o seu próprio horário e ainda ter à disposição tutores que podem tirar dúvidas sobre o conteúdo das aulas. “Essa é uma modalidade que vem crescendo muito ao longo dos anos. No Centec, já temos sete cursos técnicos EaD e pretendemos ampliar ainda mais neste ano”, ressalta Eliana.
Planejamento financeiro
Quando se fala em mudança de carreira, o custo para a transição é outro ponto que pode assustar à primeira vista. Isso porque, o profissional costuma já ter a renda do trabalho atual parcialmente ou até totalmente comprometida. Nesses casos, é ainda mais importante o planejamento.
“Com poucos recursos disponíveis, é essencial reforçar o planejamento financeiro, lembrando que a formação é um investimento de custo temporário, mas com benefícios duradouros. Para viabilizar um novo diploma, vale analisar gastos que podem ser cortados durante os estudos”, comenta ela.
Outra opção é procurar bolsas de estudos parciais ou integrais. Em alguns casos, é possível adquirir descontos a partir de seleções para pessoas de baixa renda ou até mesmo a partir de provas de conhecimentos gerais, matemática e português, sem atrelar as bolsas à baixa renda.
“Muitas escolas, como o Centec, têm concursos anuais ou semestrais de bolsas para ampliar as oportunidades de formação para pessoas que querem mudar de vida e muitas vezes não possuem condições financeiras para isso”, destaca Eliana.
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